terça-feira, 20 de dezembro de 2016


Panapaná - MON 


Xanthopan morganii praedicta



Mariposa cuja existência foi prevista pelo naturalista Charles Darwin em meados de 1862, quando analisava uma flor de orquídea oriunda de Madagascar, e portadora de um nectário excepcionalmente longo; logo concluindo que deveria existir um agente polinizador capaz de se alimentar do néctar ali depositado. Essa orquídea (Angraecum sesquipedale), entrou para a história como "a orquídea de Darwin", e apesar de não ter tido em vida a oportunidade de testemunhar a existência e interação singular entre planta e polinizador, recebeu a homenagem póstuma na forma do "praedicta", adicionado à nomenclatura binomial da mariposa, em virtude da confirmação in situ de suas observações teóricas. De fato, essa mariposa possui o aparelho bucal (espirotromba) com o comprimento necessário para captar o néctar do qual se alimenta, fazendo assim a polinização da orquidea.

A representação que fiz para a mostra cerâmica busca contar um pouco dessa história, e de como a história humana e natural são entrelaçadas e complementares!




Panapaná - MON

Bombyx mori

Outra mariposa, dessa vez com uma relação antiquíssima com a história humana, remontando a 2.700 a.C., na China. É a mariposa do "bicho-da-seda", que produz o casulo do qual se extrai a fibra para a confecção da seda. Foi durante longo período o mais valioso produto do comércio chinês, marcando inclusive a mais importante rota comercial de sua época: a rota da seda.



Panapaná - MON 

Danaus plexippus


A famosa borboleta-monarca.
Apesar de ter ampla distribuição, essa espécie se tornou bastante conhecida devido à sua população norte americana, que faz a maior migração conhecida entre os insetos. Elas percorrem aproximadamente 4.000km, vindas de diferentes pontos dos EUA e Canadá, concentrando-se em grande número em um pequeno grupo de árvores de uma floresta Mexicana. Até 4 gerações de borboletas são necessárias para a conclusão da jornada migratória.

Não há consenso sobre o nome "monarca", algumas fontes citam a grande longevidade da borboleta no estágio adulto, muito além da expectativa média nas demais espécies. Outras fontes citam que o nome homenageia Guilherme III da Inglaterra, que reinava por vastos domínios, tal qual a borboleta em sua migração.



Panapaná - MON 

Morpho anaxibia

Borboleta de coloração azul metálica, de grande tamanho e muito exuberante. Bastante característica nas matas do sul e sudeste brasileiros, fazendo parte inclusive da cultura dos povos indígenas, que as viam como criaturas sobrenaturais (acreditavam que elas vinham à terra, como pedaços do céu azul).

Na representação, procurei acentuar a belíssima tonalidade azul, acrescentando ainda elementos muito fortes da cultura paranaense, como a icônica araucária, e dentro de suas asas as lavouras aradas e os grãos de soja e café.




quarta-feira, 14 de dezembro de 2016

PANAPANÁ
Museu Oscar Niemeyer (MON)
- Cerâmica Contemporânea Curitiba -


"PANAPANÁ"
Borboletas de cerâmica que fiz para a Intervenção Panapaná no Museu Oscar Niemeyer (MON) 
 - Cerâmica Contemporânea Curitiba -


sexta-feira, 2 de dezembro de 2016

Muito antes de começar a fazer esculturas, gostava muito de desenhar e pintar quadros! Esses foram feitos entre 2003 e 2004.